O Aborto é uma questão de Consciência

abortoRespeite e Ame a Vida

No mês de novembro/2016 o Supremo Tribunal Federal do Brasil, determinou que o aborto fosse permitido até o terceiro mês de gestação, contrariando a Constituição Brasileira.  A Constituição afirma que é crime praticar o aborto em qualquer período, ou seja, desde a concepção.

Este assunto é muito delicado e polêmico, porém precisamos entender o que esta acontecendo com as pessoas.  Estamos perdendo a consciência de nossa responsabilidade sobre a vida, talvez por falta de uma educação voltada para a valorização da vida. Cada vez mais estamos criando leis que determinam a nossa vida. Porém, a vida não é desenvolvida através de leis preestabelecidas. As nossas ações, como seres humanos, não pode ser regimentadas por leis, isso é um grande equivoco.

As pessoas devem agir por conscientização, não por algo externo a elas. Devemos ser a favor da vida, não o contrário. Construir uma consciência libertadora onde a mulher deve decidir o que é o melhor para ela e para o ser que está no seu ventre. Na verdade o que estamos fazendo é observar a situação apenas por um lado, o nosso, e ela, a mulher a mais afetada fica de fora. Ela deve ser ouvida, pois o processo está acontecendo com ela.

Na maioria dos casos os que estão julgando são homens, que jamais por hipótese algumas irão gerar uma vida, seu metabolismo é totalmente diferente.  Então estes mesmos determinam que seja crime fazer o aborto. Esquece o fator principal da questão. As mulheres, não foram dadas a oportunidades de opção. A criança esta em seu corpo, ela deve decidir entre fazer ou não o aborto, sendo respeitada a sua vontade.

É sabido que existem várias maneiras e formas de evitar uma gravidez. Porém quero dizer que essa é uma decisão da mulher não temos o direito de opinar sobre este assunto, que é exclusivamente dela. Ela e somente ela deve ter a conscientização para praticá-lo ou não. Quem estando de fora da situação pode opinar? A justiça? E o que é a justiça?

No lado oposto temos a lei que proíbe e afirma que é crime. Se a mulher estiver decidida a fazer não vai deixar de realiza-lo porque é crime, ela vai à procura de métodos ilícitos, clandestinos, método que muitas vezes põem em risco a sua vida e poderá por em risco também a vida do bebe, que se porventura não for executado pode nascer com alguma deficiência. Por ignorância de nossa parte em impor algo a alguém que não quer aceitar essa decisão.

Se fôssemos mais flexíveis e aceitássemos os seus argumentos, através de ajuda de um profissional especializado ela, a mulher, seria orientada sobre o risco do aborto e suas consequências, caso viesse a insistir pela opção do aborto, este profissional surgiria à opção da doação da criança ao nascer, para minimizar a situação. Enfim, esta mulher saberia com segurança o que fazer com uma gravidez indesejada.

Caso continuasse irredutível quanto a realiza-lo, ela teria todo aparato jurídico e médico, dentro da legalidade todo cuidado estaria sendo observado, quanto à saúde dela. É preciso um novo entendimento, um novo olhar para essa questão tão delicada, uma mudança de paradigma para entendermos melhor esta questão.

Educando as pessoas na sua essência desta forma não precisamos de leis para determinar friamente o que o outro deve ou não fazer. A lei está na consciência das pessoas, basta melhorar os mecanismos educacionais dentro da sociedade. Diante de todas essas condições as mulheres terão como fazer o melhor possível para ela e para o bebê. Então, não é a lei que vai resolver este assunto. É a pessoa consciente de suas ações e responsabilidade.

Um forte e grande abraço

Damião Maximino

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