Instintos: as marcas da Evolução

Instintos

A Força dos Instintos

Resolvi escrever um trecho do livro “Vencer é ser Você mesmo” de Eduardo Ferraz, onde o autor conta que nossos antepassados, viveram em um ambiente hostil e muito perigoso, sempre havia necessidade de pensar muito rápido e nunca planejar. Eles, os nossos antepassados, necessitavam interpretar o que estava acontecendo para se manter vivo, aquele que tentasse refletir sobre o que estava acontecendo era devorado.

O interessante nessa história é que nosso DNA registrou esses episódios da vida dos trogloditas, e até hoje temos traços fortes em algumas reações físicas e mentais, que não servem para nada, mas continuamos a experimentar.

Vamos ao trecho:

Hoje, não temos mais de correr de leões ou matar mamutes. Entretanto, continua havendo uma constante tensão entre nossos instintos da época das cavernas e as necessidades da vida moderna. Vejamos algumas:

Aumento exagerado dos batimentos cardíacos.

  • Antes de uma entrevista de emprego, ou quando somos criticados, sentimos nosso coração acelerar. Temos essa reação porque antecipamos uma situação crítica, como aquela que enfrentávamos na savana diante de um desafio.

Suor frio

  • Podemos transpirar intensamente antes de uma reunião importante ou de uma competição esportiva, e essa também é uma reação semelhante a ter de lidar com uma dificuldade iminente, assim como faziam nossos antepassados.

Instintos1Estado de alerta imediato

  • Quando ouvimos à noite um barulho inesperado, nossos sentidos se aguçam preparando o corpo para fugir ou lutar, como acontecia quando estávamos diante de animais agressivos.

Explosão de raiva

  • No trânsito, temos rompantes de raiva, e por vezes reação é desproporcional, porém semelhante àquelas com que nos deparávamos quando nos sentíamos ameaçados, por inimigos que lutavam por alimento, reprodução ou território.

Instintos2Excitação sexual

  • É normal passarmos por situações de excitação sexual embaraçosa. Isso vem do fato de que tínhamos poucas oportunidades de nos reproduzir. Precisávamos aproveitá-las o mais rápido possível e, para isso, tínhamos de estar “a postos”.

Comer exageradamente

  • Nossos ancestrais primitivos lutavam muito para conseguir alimento e precisavam comer rápido e a maior quantidade possível. Ainda temos a mesma reação hoje, mesmo que não tenhamos mais problemas para conseguir alimento.

Atualmente, nenhuma dessas reações salvaria nossas vidas, mas continuamos a experimentá-las, querendo ou não. Instintos são comportamentos que não são resultado do aprendizado nesta geração, mas da evolução da espécie. A verdade é que o corpo do ser humano moderno reage instintivamente como reagia há milhares de anos, e esses instintos continuam muito fortes.

Os instintos naquela época eram úteis e necessários, à preservação da nossa espécie como: vencer todas as adversidades e obstáculos que se apresentavam, sem os instintos não sobreviveríamos.

Portanto, os instintos são comportamento necessário à evolução da espécie, na época atual alguns deles são desnecessários. O que necessitamos hoje é do desenvolvimento da inteligência para direcionarmos a uma evolução consciente. E o que é a inteligência? Segundo o Espiritismo: é a faculdade do espírito de pensar, conceber, refletir, raciocinar e agir. Segundo a Ciência: é a faculdade de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar. Ainda, segundo a ciência a inteligência, nos distingue entre o ser humano e os outros animais.

Hoje em alguns casos, não necessitamos dos instintos de sobrevivência, como foi acima abordado, necessitamos sim, aprimorar nossa inteligência para uma melhor convivência em sociedade, na cordialidade com as pessoas, no amor ao próximo, na ética, no respeito ao ser humano, na preservação do meio ambiente… Enfim uma vida saudável para todos, como também, ter a coragem e responsabilidade de assumir nossos acertos e principalmente os nossos erros, só assim construiremos uma sociedade justa e igualitária para todos.

Um forte e grande abraço

Damião Maximino

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